Morte

Sinceramente, amedronta.
A tal, que alguns chamam de futuro certo, é o único futuro que não me apresso a alcançar.
Não tenho pressa a encontrá-la, com precaução levo minha vida de forma que prefiro estar a léguas e léguas de distância dela. Me chamam de covarde. E eu? Não estou nem aí, quantos mais corajosos que eu não estão mais aqui para me falar da saudosa coragem.
Se há além, isso eu não quero saber, apesar da Terra não ser um dos melhores lugares para  viver, me contento com ela. 
Não há o que dizer da morte. Cruelmente vazia. 
Leva os que nem pensaram em nascer, tira o desejo, suprime a dor.
E a cada dia a morte torna-se mais criativa, chega das mais diversas maneiras, mas a marca que deixa quando passa é sempre a mesma. A dor, o vazio, a agonia, o pavor.


0 comentários: